miércoles, 29 de marzo de 2017

Conferências XV EJIP: Carlos Marques da Silva (PT)

"O SW da Ibéria no centro da Biogeografia dos Gastrópodes Atlanto-Mediterrânicos Neogénicos: Uma breve Síntese"
por Carlos Marques da Silva
Conferência do XV EJIP, 21 de Abril 2017
No Mini Auditório Teatro-Cine (Pombal)


Ora bem, deixemo-nos de rodeios: é uma palestra sobre búzios! Não há como contornar este facto. Não se pode dizer que o tema é Pow! Pow! Pow! E se pensam que a coisa não podia piorar, lei de Murphy meus senhores, são actuais pliocénicos.  Qual é a vantagem deste tema tão excitante? É que a partir daqui será sempre a subir, já ninguém tinha expectativas, já todos estavam enterrados nas cadeiras a pôr as suas vidas em perspetiva por serem plateia deste tema.

Mas calma, nem tudo é mau! Quem a vai apresentar é o Carlos Marques da Silva. Ele podia até vir falar da importância da escolha de agulhas de bambu para fazer tricô ou discutir o número de árvores afetadas pelo escaravelho da palmeira nos últimos anos, que iria valer a pena!


Carlos Marques da Silva é um Paleontólogo diplomado em Geologia com especialização em Paleontologia pela Universidade Estatal de Moscovo, M.V. Lomonosov (1986) e doutorado em Paleontologia pela Universidade de Lisboa (2002). A sua principal área de investigação é a Paleozoologia de Moluscos Gastrópodes Neogénicos da região Atlanto-Mediterrânica, em particular a sua Paleoecologia e Paleobiogeografia. Portanto, o mais interessante que faz é mesmo orientar uma tese de trilobites do Ordovícico. Tem particular apreço pela divulgação científica da Paleontologia e da geodiversidade. Ao longo da sua carreira, integrado em equipas de investigação nacionais e internacionais, para além de Portugal continental, já realizou trabalho de campo nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, na Ucrânia (Crimeia) e na Rússia (Daguestão), em Espanha (Andaluzia e Canárias), em Cabo Verde, na República Dominicana, em Marrocos, na Turquia, no Panamá, no México, na Venezuela e até na Margem Sul (Almada). 

É co-autor de mais de uma centena de novas espécies de moluscos mio-pliocénicos e actuais (pleonasmo) de Portugal, Espanha, Turquia, Venezuela, República Dominicana e Panamá. Participou em cerca de 60 congressos e reuniões científicas nacionais e no estrangeiro, onde apresentou ou foi co-autor de mais de 80 comunicações. É autor e co-autor de centena e meia de artigos científicos, publicados em revistas da especialidade nacionais e internacionais, e só não é de mais porque consome muito tempo a preparar ao detalhe as apresentações que faz. Por isso, apareçam, garantimos que vai valer muito a pena e que vão sair de lá envergonhados por terem gostado tanto de uma palestra de gastrópodes! 

“Fui à praia/apanhei um búzio/cheguei a casa/não sei onde púzio”.

Alguns vídeos do autor em ação:



ou


Algumas publicações recentes:

Conferencias XV EJIP: Carlos Marques da Silva (ES)

"O SW da Ibéria no centro da Biogeografia dos Gastrópodes Atlanto-Mediterrânicos Neogénicos: Uma breve Síntese"
por Carlos Marques da Silva
Conferencia del XV EJIP, 21 de Abril 2017
En el Mini Auditório Teatro-Cine (Pombal)


Bien... ¿cómo decirlo? No nos andemos con rodeos: ¡es una conferencia sobre caracolas! No hay por dónde huir. No se puede decir que el tema sea emocionante... ¿Y pensáis que esto no puede empeorar? Ley de Murphy, señores: son pliocenos... vamos, ¡de antes de ayer! ¿Cuál es la ventaja de este tema tan excitante? Pues que después de esto, sólo se puede ir a mejor; ya nadie tenía expectativas, ya estabais todos hundidos en vuestras sillas y poniendo vuestras vidas en perspectiva ante la idea de formar parte del público de esta conferencia.

¡Pero calma, no todo es tan malo! Quien la va a presentar es Carlos Marques da Silva. ¡Él podría incluso venir hablar de la importancia de elegir agujas de bambú para tejer, o a discutir sobre el número de árboles afectados por el escarabajo de las palmeras en los últimos años, y aún así os aseguramos que iba a merecer la pena!


Carlos Marques da Silva es un diplomado en Geología con especialización en Paleontología por la Universidad Estatal de Moscú, M.V. Lomonosov (1986), y doctorado en Paleontología por la Universidad de Lisboa (2002). Su principal área de investigación es la paleozoología de moluscos gasterópodos neógenos de la región Atlantico-Mediterránea, en particular su paleoecología y paleobiogeografía. Por lo tanto, lo más interesante que hace sin lugar a dudas es dirigir una tesis sobre trilobites del Ordovícico. Tiene particular gusto por la divulgación científica sobre paleontología y geodiversidad. A lo largo de su carrera, ha sido miembro de equipos de investigación tanto nacionales como internacionales, y ha realizado trabajos de campo, además de en Portugal continental, en los archipiélagos de Azores y Madeira, Ucrania (Crimea), Rusia (Daguestán), España (Andalucía y Canarias), Cabo Verde, República Dominicana, Marruecos, Turquía, Panamá, México y Venezuela. Es co-autor de más de una centena de nuevas especies de moluscos mio-pliocénos y actuales (pleonasmo) de Portugal, España, Turquía, Venezuela, República Dominicana y Panamá. Ha participado en unos 60 congresos y reuniones científicas nacionales y en el extranjero, donde ha presentado o fue coautor de más de 80 comunicaciones.

Es autor y co-autor de más de 150 artículos científicos, publicados en revistas especializadas nacionales e internacionales, y si no ha publicado todavía más es porque invierte muchísimo tiempo en preparar en detalle sus presentaciones. Por eso, venid a la charla, os garantizamos que va a merecer mucho la pena y que vais a salir de allí avergonzados por haber disfrutado tanto de una conferencia sobre gasterópodos.

Algunos enlaces de interés:





Algunas publicaciones recientes:

martes, 28 de marzo de 2017

Conferências XV EJIP: Francisco Ortega (PT)

"Reptilian record from the Late Jurassic of the Lusitanian Basin. An update"
por Francisco Ortega
Conferência Inaugural do XV EJIP, 20 de Abril 2017
No Mini Auditório Teatro-Cine (Pombal)


Hoje apresentamos um dos nossos convidados. No dia 20 de Abril, o paleontólogo Dr. Francisco Ortega do Grupo de Biología Evolutiva UNED, dará uma pequena conferência sobre os vertebrados mesozóicos  de Portugal com título "Reptilian record from the Late Jurassic of the Lusitanian Basin. An update". Esta conferência terá um especial enfoque nas faunas de dinossáurios da Bacia Lusitânica (ou Lusitaniana, para não ferir susceptibilidades, queremos toda a gente feliz!), e contará ainda com uma série de novidades sobres estes vertebrados.


Biólogo pela Universidade de Salamanca, Francisco Ortega tornou-se Doutor em Paleontologia pela Universidade Autónoma de Madrid e o seu campo de investigação centra-se na história evolutiva dos répteis mesozóicos, em particular crocodilos e dinossáurios. É autor de mais de uma centena de publicações em revistas científicas e técnicas que contêm, entre outros temas, a descrição dos novos crocodilos Musturzabalsuchus, Acynodon, Lohuecosuchus e Agaresuchus do Cretácico Superior espanhol. Foi ainda autor de novos dinossáurios ibéricos como os saurópodes Lourinhasaurus e Lohuecotitan, os terópodes Pelecanimimus, Concavenator, e a enantiornite Eoalulavis e os ornitópodes Euosdryosaurus e Morelladon. Também participou na descrição do saurópode primitivo africano Spinophorosaurus e das tartarugas Iberoccitanemys, Selenemys ou Hylaeochelys kappa.


Participou em quase uma centena de campanhas paleontológicas em Espanha, Portugal, Argentina, Estados Unidos e Níger. Entre estas últimas, dirigiu os trabalhos de escavação da jazida do Cretácico Superior de “Lo Hueco” em Cuenca (Espanha). Esteve também involucrado na redacção dos projectos divulgativos de algumas instituições como o Laboratório de Historia Natural da Batalha (Portugal), no Museo “Temps de Dinosaures” de Morella (Castellón, Espanha), no Museo del Jurásico de Asturias en Colunga (Espanha), ou no Museo de las Ciencias de Castilla-La Mancha en Cuenca (Espanha). Neste âmbito da divulgação científica participou também em diversas publicações em revistas, programas de rádio e televisão.


No que diz respeito ao Jurássico Superior de Portugal, Francisco Ortega conta com quase 30 anos de actividade na região Oeste do país. Participou em projectos de investigação sobre as faunas de vertebrados do Jurássico Superior Português desde os princípios dos anos 90, colaborando inicialmente com o Museu Nacional de História Natural e, nos últimos anos, como Presidente do Conselho Científico da Sociedade de História Natural de Torres Vedras. Coliderou várias escavações, com destaque para a de Dinheirosaurus lourinhanhensis em Porto Dinheiro (Lourinhã) e de Allosaurus fragilis em Andrés (Pombal). Como referimos anteriormente, Francisco Ortega esteve envolvido no estabelecimento do género Lourinhasaurus (dinossáurio saurópode encontrado em Alenquer no ano de 1949). Foi ainda autor de Eousdryosaurus nanohallucis, Selenemys lusitanica e Hylaeochelys kappa, participou em dezenas de trabalhos e dirigiu quatro teses de doutoramento sobre dinossáurios saurópodes, terópodes e ornithisquios, bem como tartarugas do Jurássico Superior da Bacia Lusitânica. Actualmente, desenvolve a sua actividade docente como Professor Titular da Facultad de Ciencias da UNED (Madrid), fazendo parte do Grupo de Biología Evolutiva. 

Pode encontrar mais informação em http://www.dfmf.uned.es/personal/fortega.html

Conferencias XV EJIP: Francisco Ortega (ES)

"Reptilian record from the Late Jurassic of the Lusitanian Basin. An update"
por Francisco Ortega
Conferencia Inaugural del XV EJIP, 20 de Abril 2017
Mini Auditório Teatro-Cine (Pombal)


Hoy os presentamos a uno de nuestros invitados. El día 20 de Abril, el paleontólogo Dr. Francisco Ortega, del Grupo de Biología Evolutiva de la Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED), dará una conferencia sobre los vertebrados mesozoicos de Portugal titulada "Reptilian record from the Late Jurassic of the Lusitanian Basin. An update". Esta conferencia se centrará especialmente en las faunas de dinosaurios de la Cuenca Lusitánica (o Lusitaniana, para no herir sensibilidades -queremos a todo el mundo contento!-), y nos contará una serie de novedades sobre estos vertebrados. 


Biólogo por la Universidad de Salamanca, Francisco Ortega se doctoró en Paleontología por la Universidad Autónoma de Madrid, y su campo de investigación se centra en la historia evolutiva de los reptiles mesozoicos, en particular cocodrilos y dinosaurios. Es autor de más de un centenar de publicaciones en revistas científicas y técnicas que incluyen, entre otros temas, la descripción de los nuevos cocodrilos Musturzabalsuchus, Acynodon, Lohuecosuchus y Agaresuchus, del Cretácico Superior español. Ha sido también el autor de nuevos dinosaurios ibéricos como los saurópodos Lourinhasaurus y Lohuecotitan, los terópodos Pelecanimimus, Concavenator y la enantiornite Eoalulavis, y de los ornitópodos Euosdryosaurus y Morelladon. Además ha participado en la descripción del saurópodo primitivo africano Spinophorosaurus y de las tortugas Iberoccitanemys, Selenemys o Hylaeochelys kappa.


Ha participado en casi un centenar de campañas paleontológicas en España, Portugal, Argentina, Estados Unidos y Níger. Entre todas ellas, ha dirigido los trabajos de excavación del yacimiento del Cretácico Superior de "Lo Hueco" en Cuenca (España). Ha estado también involucrado en la redacción de los proyectos divulgativos de algunas instituciones como el Laboratorio de Historia Natural de Batalha (Portugal), en el Museo “Temps de Dinosaures” de Morella (Castellón, España), en el Museo del Jurásico de Asturias en Colunga (España), o en el Museo de las Ciencias de Castilla-La Mancha en Cuenca (España). Dentro de este ámbito de divulgación científica, ha participado también en distintas publicaciones en revistas, en programas de radio y en televisión.


En lo que respecta al Jurásico Superior de Portugal, Francisco Ortega cuenta con casi 30 años de actividad en la región oeste del país. Ha participado en proyectos de investigación sobre las faunas de vertebrados del Jurásico Superior portugués desde principios de los años 90, colaborando inicialmente con el Museu Nacional de História Natural y, en los últimos años, como Presidente del Conselho Científico de la Sociedade de História Natural de Torres Vedras. Ha coliderado varias excavaciones, destacando la  de Dinheirosaurus lourinhanhensis en Porto Dinheiro (Lourinhã), y la de Allosaurus fragilis en Andrés (Pombal). Como ya hemos mencionado anteriormente, Francisco Ortega estuvo implicado en la descripción y definición del género Lourinhasaurus (dinosaurio saurópodo encontrado en Alenquer en 1949). Es coautor también de Eousdryosaurus nanohallucis, Selenemys lusitanica y Hylaeochelys kappa, ha participado en decenas de trabajos y ha dirigido cuatro tesis doctorales sobre dinosaurios saurópodos, terópodos y ornitisquios, así como de tortugas, del Jurásico Superior de la Cuenca Lusitánica. Actualmente, desarrolla su actividad docente como Profesor Titular de la Facultad de Ciencias de la UNED (Madrid), formando parte del Grupo de Biología Evolutiva. 

Puedes encontrar más información en: http://www.dfmf.uned.es/personal/fortega.html

sábado, 18 de marzo de 2017

Saída de Campo 1 (PORT)

Olá EJIPeros! Hoje vamos contar algumas coisas sobre a primeira das nossas saídas de campo.  Acompanhas-nos? 

O ORDOVÍCICO SUPERIOR DO SINCLINAL DE BUÇACO:

Das últimas comunidades endémicas peri-gondwânicas à grande extinção finiordovícica
(Sofia Pereira & Jorge Colmenar)

Sábado, 21 de abril

A saída de campo terá partida de Pombal e levar-nos-á à região do Sinclinal de Buçaco, a sequência mais completa do Ordovícico Superior de Portugal e a pioneira no reconhecimento desta série na Península Ibérica. 


Resumo

O objetivo da saída é visitar diferentes secções por ordem estratigráfica onde estão representadas associações macrofossilíferas dominadas por braquiópodes, briozoários, equinodermes e/ou trilobites. Deste modo, serão observadas as alterações na diversidade e composição das associações, permitindo a interpretação da evolução das comunidades bentónicas durante o Ordovícico Superior. Estas modificações espelham uma sucessão de eventos importantes que ocorreram a nível global durante o Ordovícico Superior, como o episódio de aquecimento global BODA ou a grande extinção do Hirnantiano, a segunda maior conhecida no Fanerozoico (lembrar-vos que a maior é a do Permo-Triásico e que a tão badalada do final do Cretácico foi um dia normal na terra a comparar com estas :) ). Se és jovem, ou nem por isso, e queres ver o registo de uma extinção a sério, esta saída é para ti!



Breve enquadramento histórico-geológico

Os primeiros estudos geológicos a enfocar a sequência paleozoica do Sinclinal de Buçaco datam da década de 1850, conduzidos por Carlos Ribeiro, um dos pioneiros da Geologia em Portugal. Durante a segunda metade do século XIX, Nery Delgado, outro destes pioneiros, dedica-se ao estudado da estratigrafia e paleontologia do Ordovícico e Silúrico desta estrutura geológica, conferindo-lhe o estatuto nacional e internacional que ainda hoje detém como região clássica para o estudo de materiais destas idades. Serão visitadas jazidas clássicas destes autores. 




O Sinclinal de Buçaco é uma estrutura hercínica do bordo oeste da Zona Centro-Ibérica portuguesa, constituído por materiais do Paleozoico, com cerca de 40 km de extensão (máximo largura 4,5 km), entre as regiões de Luso, a noroeste, e Ponte de Sótão, a sudeste (Fig. 19). Tem uma orientação NW-SE. Na zona axial deste sinclinal afloram rochas de idade silúrica. Este sinclinal compreende duas sequências litostratigráficas, separadas por uma discordância angular: o Grupo das Beiras, uma sequência monótona, quilométrica, de xistos e grauvaques datados do Neoproterozoico ao Câmbrico ?médio e uma sequência metassedimentar paleozoica pós-câmbrica, desde o Ordovícico Inferior ao Silúrico. Depois, a estorvar os afloramentos do Paleozoico inferior, há umas coberturas do Carbónico e do Meso-Cenozoico, mas como só temos um dia, vamos àquilo que é mais bonito e interessante, o Ordovícico Superior.


Será sempre a subir…



Nem só de Paleontologia vive o Homem

Ao longo da visita serão abordadas temáticas de geomorfologia, sedimentologia, vulcanismo e geologia estrutural para poder compreender a evolução geodinâmica e paleogeográfica da região no final do Ordovícico. Será ainda posto um pezinho na história mais recente da região, importante por ter sido o palco da Batalha do Buçaco, a 27 de setembro de 1810, onde as tropas francesas de Napoleão foram derrotadas pela aliança anglo-lusa. Como memórias desta batalha poder-se-ão visitar o Obelisco e o Museu Militar, inseridas na Mata do Buçaco onde não faltam autênticos restaurantes de luxo, vulgarmente conhecidos como parques de merendas, para atacarmos o nosso farnel.



Organização


A saída será conduzida por Sofia Pereira (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Portugal) e Jorge Colmenar (Natural History Museum of Denmark – University of Copenhagen, Dinamarca), especialistas em trilobites e braquiópodes, respetivamente, do Ordovícico Superior destas sequências.

Alguns links com interesse:

Mata do Buçaco: http://www.fmb.pt/v2/pt/
Batalha do Buçaco: https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_do_Bu%C3%A7aco
Museu Militar de Buçaco: https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Militar_do_Bu%C3%A7aco

Alguns trabalhos científicos:

http://www.socgeol.org/documents/trilobites-do-silurico-de-loredo-bucaco
http://jgs.lyellcollection.org/content/145/3/377.refs
https://www.researchgate.net/publication/311102073_The_Vinha_de_Leira_Ma_locality_Upper_Ordovician_Bucaco_Portugal_considerations_on_the_age_and_the_lithostratigraphy_of_the_Porto_de_Santa_Anna_Formation

viernes, 17 de marzo de 2017

Salida de Campo 1 (ESP)

¡Hola EJIPeros! Hoy os vamos a contar algunas cosas sobre la primera de nuestras salidas de campo. ¿Nos acompañáis?

El ORDOVÍCICO SUPERIOR DEL SINCLINAL DE BUÇACO:

Desde las últimas comunidades endémicas peri-gondwánicas a la gran extinción finiordovícica
(Sofia Pereira & Jorge Colmenar)

Sábado, 21 de abril
Partiremos desde Pombal hacia la región del Sinclinal de Buçaco, donde visitaremos la secuencia más completa del Ordovícico Superior de Portugal, pionera en el reconocimiento de esta serie en la Península Ibérica. 



Resumen


El objetivo de la salida es visitar diferentes secciones por orden estratigráfico, donde están representadas asociaciones macrofosilíferas dominadas por braquiópodos, briozoos, equinodermos y/o trilobites. De este modo, observaremos la diversidad y composición de las asociaciones, interpretando la evolución de las comunidades bentónicas durante el Ordovícico Superior. Estos cambios reflejan una sucesión de eventos importantes que ocurrieron a nivel global durante esta edad, como el evento de calentamiento global “BODA” o la gran extinción finiordovícica, la segunda mayor conocida en el Fanerozoico (recordaros que la mayor es la del Permo-Trias y que la famosa extinción del K-T fue un día normal en la tierra en comparación con estas :) ). Si eres joven, o no, y quieres ver el registro de una extinción de verdad, ¡esta es la salida que deberías escoger!



Breve encuadre histórico-geológico


Los primeros estudios geológicos de la secuencia paleozoica del Sinclinal de Buçaco datan de 1850, conducidos por Carlos Ribeiro, uno de los pioneros de la Geología en Portugal. Durante la segunda mitad del siglo XIX, Nery Delgado, otro de estos pioneros, se dedicó a estudiar la estratigrafía y paleontología del Ordovícico y Silúrico de esta estructura geológica, concediéndole el estatus nacional e internacional que aún hoy tiene como región clásica para el estudio de materiales de estas edades. Visitaremos algunos puntos clásicos de estos autores.




El Sinclinal de Buçaco es una estructura hercínica del borde oeste de la Zona Centro-Ibérica portuguesa, constituido por materiales del Paleozoico, con aproximadamente 40 km de extensión (anchura máxima de 4,5 km), entre las regiones de Luso, al noroeste, y Ponte de Sótão, a sudeste.
Tiene una orientación NW-SE. En la zona axial de éste sinclinal afloran rocas de edad silúrica. Este sinclinal presenta dos secuencias litostratigráficas, separadas por una discordancia angular: el Grupo das Beiras, una secuencia monótona, kilométrica, de esquistos y grauvacas, datados del Neoproterozoico al Cámbrico  médio?, y una secuencia metasedimentaria paleozoica post-cámbrica, desde el Ordovícico Inferior hasta el Silúrico. A continuación, estropeando los afloramientos del Paleozoico Inferior, se encuentra una molesta cobertera carbonífera y meso-cenozoica, pero como sólo tenemos un día, nos centraremos en lo que sin duda es más bonito e interesante, el Ordovícico Superior.


Suavecito para arriba…



No solo de Paleontología vive el Hombre


A lo largo de la salida vamos a abordar temáticas de geomorfología, sedimentología, vulcanismo y geología estructural, para poder entender la evolución geodinámica y paleogeográfica de la región al final del Ordovícico. Pondremos un pie en la historia más reciente de la región, importante por tratarse del lugar donde donde tuvo lugar la Batalla de Buçaco, el 27 de septiembre de 1810, donde las tropas francesas de Napoleón fueron derrotadas por la alianza anglo-lusa. Como conmemoración de esta batalla podremos visitar el Obelisco y el Museo Militar, situados en la Mata de Buçaco, donde no faltan restaurantes de lujo, también conocidos como parques forestales para meriendas, donde pararemos a comer.


Organización


 La salida estará conducida por Sofia Pereira (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Portugal) y Jorge Colmenar (Natural History Museum of Denmark), especialistas en trilobites y braquiópodos, respectivamente, del Ordovícico Superior de estas secuencias.


Algunos enlaces con interés:

Mata do Buçaco: http://www.fmb.pt/v2/pt/
Batalha do Buçaco: https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_do_Bu%C3%A7aco
Museu Militar de Buçaco: https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Militar_do_Bu%C3%A7aco

Algunos trabajos científicos:

http://www.socgeol.org/documents/trilobites-do-silurico-de-loredo-bucaco
http://jgs.lyellcollection.org/content/145/3/377.refs
https://www.researchgate.net/publication/311102073_The_Vinha_de_Leira_Ma_locality_Upper_Ordovician_Bucaco_Portugal_considerations_on_the_age_and_the_lithostratigraphy_of_the_Porto_de_Santa_Anna_Formation